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Embolização das Artérias Uterinas: uma alternativa minimamente invasiva para o tratamento dos miomas uterinos 

 

Os miomas uterinos — também conhecidos por fibromiomas ou leiomiomas — são tumores benignos que se desenvolvem no útero, com maior frequência em mulheres entre os 35 e os 45 anos. Estes nódulos, que podem variar em número e tamanho, dependem do suprimento sanguíneo proveniente das artérias uterinas para crescerem. Representam a forma mais comum de tumor benigno nas mulheres, afetando entre 20 a 50% das mulheres em idade fértil, sendo ainda mais prevalentes na população africana, onde podem atingir até 70%. Embora benignos, os miomas podem provocar sintomas importantes, dependendo da sua localização e dimensão. Entre os mais frequentes estão o sangramento uterino abundante (que pode causar anemia), dor ou pressão pélvica, dificuldade em engravidar ou perdas gestacionais repetidas.

 

O tratamento é indicado quando os miomas causam sintomas significativos. Inicialmente, pode ser feito com medicação. No entanto, quando esta abordagem não é eficaz, é necessário recorrer a tratamentos mais intervencionistas. Durante muito tempo, a histerectomia (remoção do útero) foi a principal opção, mas hoje em dia existem alternativas menos invasivas, como a miomectomia (remoção cirúrgica dos miomas) ou a embolização das artérias uterinas.

 

A embolização das artérias uterinas é um procedimento minimamente invasivo que bloqueia seletivamente os vasos sanguíneos que alimentam os miomas, fazendo com que estes encolham e os sintomas melhorem. É realizada por via endovascular, através de um pequeno orifício na pele, normalmente no punho (artéria radial) ou na virilha (artéria femoral), sem necessidade de cirurgia aberta.

 

A recuperação é geralmente rápida, permitindo o regresso a casa poucas horas após o procedimento.Esta técnica segura e eficaz oferece uma alternativa valiosa para mulheres que procuram preservar o útero e evitar uma cirurgia mais invasiva.

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